ONDE TERMINA O MARKETING E ONDE COMEÇA O JOGADOR



Matias Adrian Defederico, jogador de apenas 20 anos, destaque pelo Huracán no torneio clausura - algo como o Brasileirão da Argentina -, ajudou a levar o time ao vice-campeonato da competição, chegando a ser convocado por Maradona para a seleção principal da Argentina, fazendo, inclusive, um gol nesse jogo.
Chegou no Corinthians com status de "Novo Messi", com DVD e tudo, vendeu camisa antes mesmo de jogar pelo Timão e a camisa não era qualquer uma não, era a 10. Viveu a tensão de ser inscrito a tempo no BID para jogar o BR09, enquanto a torcida sofria junto vivendo a expectativa de ver seu novo "ídolo" ser destaque em terras tupiniquins.
Todos os torcedores viviam nessa esperança, até mesmo os mais céticos, afinal, se estavam fazendo tanto barulho é porque alguma coisa ali deveria ter. E tudo veio abaixo quando deveria explodir: de seus primeiros jogos até hoje, Defederico não correspondeu nem à mais pessimista das expectativas, fazendo míseros 3 gols pelo Timão e não sendo o jogador decisivo que todos esperavam em nenhuma partida.
O mais incrível dessa história é que, apesar de tudo isso, tem (muito) torcedor que ainda o bota em cima de um pedestal, que olha para ele e vê um craque, que pede ele todo jogo, acreditando piamente que entrará e fará 3 gols em 15 minutos, ou justificando suas más atuações pela falta de seqüência e, certamente, esquecendo que ele chegou a ser titular do time.
O que se pode concluir desse imbróglio é que o marketing do Corinthians funcionou perfeitamente: criou um novo craque na mente da torcida, quando, na verdade o que se tinha, era apenas um bom (?) jogador, que em todo esse tempo ainda não conseguiu se acostumar com o jeito de jogar futebol aqui do Brasil.
O marketing funcionou tão bem que, em determinado momento, fez até o Adílson acreditar e tirar o Bruno César e por o Defederico no lugar.
Mas como marketing não entra em campo, dribla e faz gol... é bom a diretoria e o setor em questão terem mais cuidado na próxima, afinal, fazer festa por Ronaldo e Roberto Carlos é uma coisa, já por (eternas) promessas é outra bem diferente... ou já esqueceram do Lulinha?
Encerro o assunto com o melhor comentário que li sobre as atuações do jogador nos últimos tempos: "Em ano de eleição, o povo não cansa de acreditar em promessas".
E você, o que acha do jogador? Opine!

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