Emerson celebra acerto com o Corinthians: ‘Estou amarradão’

Um clube ambicioso e movido por uma apaixonada torcida. Emerson não fugiu dos clichês para celebrar o acerto até o fim de 2013 com o Corinthians. Bem-humorado e empolgado com o acerto, o atacante repetiu outros jogadores e demonstrou ansiedade para entrar no “bando de loucos”. Ele se apresenta na segunda-feira.

- Estou amarradão – disse o jogador de 32 anos, em entrevista por telefone.

Em São Paulo, ele vai reencontrar Adriano, com quem formou dupla de ataque em parte do Campeonato Brasileiro de 2009. Depois de deixar o Rubro-Negro no meio da competição, jogou no Al Ain e voltou para o Fluminense em julho de 2010. Marcou dez gols na conquista do título, o mais importante deles o último, na vitória por 1 a 0 sobre o Guarani.

A saída do Tricolor, no entanto, não foi das mais amigáveis. A diretoria o dispensou sob alegação de constantes indisciplina. A última delas ao cantar no ônibus do Flu a música do Bonde do Mengão sem freio. Sheik confirmou o episódio, mas não poupou a diretoria e o ex-companheiro Fred das críticas. Durante a entrevista abaixo, o jogador evita citar o nome do ex-clube e manda um recado à diretoria tricolor na última pergunta.

Confira a entrevista completa:

Jogar nos dois times mais populares do Brasil é sinônimo de pressão. Por que aceitou a proposta do Corinthians?
EMERSON: Será um grande desafio. É um time que tem tudo a ver comigo e isso me deixa tranquilo. Tive uma identificação muito forte com a torcida do Flamengo, que também é de massa. Agora novamente volto para um clube de muita pressão. É diferente do último (Fluminense), que não tem torcida de massa e nem muita pressão. É contagiante demais acertar com o Corinthians.

E como seria um Sheik louco?
Todo mundo tem um pouco de loucura. Será que eu sou também? Não aceito perder, assim como a torcida do Corinthians. Essa é uma loucura minha. Estou amarradão. Não vejo a hora de entrar nesse bando.

Tudo bem que o Adriano está machucado e só estreia, no mínimo, em setembro. Mas como será reeditar a dupla Sheik e Imperador?
É um cara que tem uma carreira bonita no futebol, tive oportunidade de atuar junto e deu certo. Fizemos parte do título brasileiro do Flamengo em 2009. Mas também há outros jogadores que disputam posição no ataque. Quero trabalhar e buscar espaço aos poucos.

O Corinthians investiu pesado no Brasileiro e chega com pinta de favorito. Já dá para imaginar o tri brasileiro?
Na hora de decidir o clube, o investimento pesou muito. Quem vem para brigar? Quem vem para ficar em décimo? O desejo era ganhar títulos, assim como foi no exterior e aqui no Brasil. Pesaram na escolha o projeto e a ambição do Corinthians.

O Ronaldo participou da negociação?
Não, mas soube que ele apoiou e isso me motiva. Pela figura que ele representa é sempre bom ter o aval.

Você nunca escondeu a predileção por morar no Rio, até por causa da proximidade dos filhos. Como será viver em São Paulo?
Conheço a cidade, morei alguns anos da juventude. Mas para quem já viveu no Japão não se adaptar a São Paulo é brincadeira!

Pouca gente lembra, mas você foi do São Paulo no início da carreira...
Foi uma passagem rápida. Fiz dez jogos no time principal e fui vendido (para o Japão). Respeito o clube, mas não tive identificação.

Apesar de ter construído toda a carreira em centros poucos conhecidos, você voltou ao Brasil e coleciona êxitos e cobiça das principais equipes do país. Por quê?
Embora algumas pessoas tentem atrapalhar o trabalho das outras sempre prevalece o dia a dia. Sempre fui responsável e respeitei os companheiros. Futebol não tem jeito. Você faz uma coisa aqui e do outro lado do mundo ficam sabendo. A maioria me conhece e sabe que sou bom profissional. A verdade venceu mais uma vez.

Fonte Globo.com

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